domingo, 23 de setembro de 2012

O que é atitude adotiva


Ouvi o termo “Atitude Adotiva” pela primeira vez através da Barbara Toledo, fundadora do Quintal da Casa de Ana (que talvez seja o primeiro Grupo de Apoio À Adoção do País... não estou bem certa) e presidente da Angaad. Adorei. Atitude vai contra a postura passiva de ficar esperando, esperando, esperando um filho que nunca vem, certo?

Mas o termo diz muito mais do que isso. Fui pesquisar na Internet e selecionei trechos de entrevistas bem interessantes. Cada um dos pensadores e militantes da adoção descreve essa expressão de um jeitinho melhor do que o outro.

Para Guilherme Lima Moura, integrante do Gead Recife (Grupo de Estudos e Apoio à Adoção do Recife), “A criação dos filhos é ato contínuo, de longo prazo. Surge na convivência e na aceitação. É relacional, afetiva e de uma profunda amorosidade. A criação dos filhos é, enfim, a essência do que temos chamado de atitude adotiva. Filhos nascem da criação; filhos nascem na adoção.

O GEAD Recife acredita que a sociedade precisa ser educada para o exercício da atitude adotiva, que insere o respeito incondicional ao direito de cada pessoa à sua singularidade, como caminho para facilitar o entendimento e aceitação dos novos modelos de família. A atitude adotiva é um conceito que pode ser ampliado a outros contextos  sociais, ambientais e ecológicos, sensibilizando para a prática da cidadania, respeito ao próximo e a sua diferença, consciência ecológica e ambiental.

Para Sávio Bittencourt, marido de Barbara Toledo, desembargador e grande militante da adoção, atitude adotiva é uma tomada de posição da sociedade e dos indivíduos em prol da nova cultura da adoção: “Toda pessoa pode colaborar com a divulgação da nova cultura da adoção, para que este gênero de filiação possa ser entendido pela sociedade como realmente é: um encontro de amor, terno e eterno, que se destina a formação de um vínculo de paternidade ou maternidade responsável.”.

A Angaad, que é a Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção, defende a necessidade de todos nós colocarmos em prática a atitude adotiva. Diz um dos documentos (uma cartilha) que achei pela Internet: “O afeto inerente à atitude adotiva sempre encontrará um caminho. Movidos por essa força invisível , é possível que juntos e  articulados possamos fazer  com  que, em  cada município , a  criança possa ser  uma prioridade real e tenha pleno exercício do seu direito à convivência familiar.”

Nenhum comentário: