Ouvi o
termo “Atitude Adotiva” pela primeira vez através da Barbara Toledo, fundadora
do Quintal da Casa de Ana (que talvez seja o primeiro Grupo de Apoio À Adoção
do País... não estou bem certa) e presidente da Angaad. Adorei. Atitude vai
contra a postura passiva de ficar esperando, esperando, esperando um filho que
nunca vem, certo?
Mas o termo
diz muito mais do que isso. Fui pesquisar na Internet e selecionei trechos de
entrevistas bem interessantes. Cada um dos
pensadores e militantes da adoção descreve essa expressão de um jeitinho melhor
do que o outro.
Para Guilherme Lima Moura, integrante do Gead Recife (Grupo de Estudos e
Apoio à Adoção do Recife), “A criação dos filhos é ato contínuo, de longo
prazo. Surge na convivência e na aceitação. É relacional, afetiva e de uma
profunda amorosidade. A criação dos filhos é, enfim, a essência do que temos
chamado de atitude adotiva. Filhos
nascem da criação; filhos nascem na adoção.”
O GEAD Recife acredita que a sociedade precisa ser
educada para o exercício da atitude adotiva, que insere o respeito
incondicional ao direito de cada pessoa à sua singularidade, como caminho para
facilitar o entendimento e aceitação dos novos modelos de família. A atitude adotiva é um conceito que pode
ser ampliado a outros contextos sociais, ambientais e ecológicos,
sensibilizando para a prática da cidadania, respeito ao próximo e a sua
diferença, consciência ecológica e ambiental.
Para Sávio Bittencourt, marido de Barbara Toledo, desembargador e grande
militante da adoção, atitude adotiva
é uma tomada de posição da sociedade e dos indivíduos em prol da nova cultura
da adoção: “Toda
pessoa pode colaborar com a divulgação da nova
cultura da adoção, para que este gênero de filiação possa ser entendido
pela sociedade como realmente é: um encontro de amor, terno e eterno, que se
destina a formação de um vínculo de paternidade ou maternidade responsável.”.
A Angaad,
que é a Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção, defende a necessidade
de todos nós colocarmos em prática a atitude
adotiva. Diz um dos documentos (uma cartilha) que achei pela Internet: “O afeto
inerente à atitude adotiva sempre encontrará
um caminho. Movidos por essa força invisível , é possível que juntos e articulados possamos fazer com que,
em cada município , a criança possa ser uma prioridade real e tenha pleno exercício
do seu direito à convivência familiar.”
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